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A comunicação do turismo acessível: um estudo sobre as atrações turísticas da cidade do Porto

18 de Dezembro, 2017
Autora: Celine Teixeira de Castro A cidade do Porto, um dos destinos turísticos mais antigos da Europa, é reconhecida pelo seu charme. O seu centro histórico foi classificado em 1996 pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade e está atualmente em voga na indústria do Turismo. Eleito por viajantes de todo o mundo como European Best Destination em 2012, 2014 e, mais recentemente, em 2017, o Porto é um destino cada vez mais adequado ao mercado de turismo acessível. No entanto, a imagem projetada no universo da world wide web não reflete a realidade, uma vez que esta mesma acessibilidade não é devidamente difundida nos websites turísticos. A conclusão é do estudo “A comunicação do Turismo Acessível: um estudo sobre as atrações turísticas da cidade do Porto”, realizado no âmbito do Mestrado em Marketing da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Dadas as circunstâncias especiais em que se encontram os indivíduos que formam este mercado, pelas limitações e especificidades das suas deficiências, a internet facilita a obtenção de informação e proporciona segurança na preparação da viagem, garantindo condições de acessibilidade adequadas. Assim, a informação colocada à disposição deste tipo de turista pode determinar a sua escolha de destino. Para que a estratégia de comunicação seja bem elaborada e atraia o mercado do turismo acessível, é necessário criar websites turísticos compatíveis com as tecnologias de apoio usadas pelos utilizadores com deficiência e disponibilizar informação fidedigna sobre a acessibilidade do destino turístico. O objetivo do estudo foi determinar de que forma a comunicação online sobre acessibilidades nos locais turísticos está em concordância com as reais acessibilidades físicas e até que ponto o acesso à mesma é facilitada pelas páginas web. Para isso, foram consideradas duas vertentes de acessibilidade:
  1. as infraestruturas e;
  2. os websites institucionais e/ou outros websites destinados à promoção das 20 atrações turísticas mais emblemáticas da cidade, segundo os utilizadores do website de viagens Tripadvisor, em 2017.
Para a análise das infraestruturas, construíram-se grelhas de observação do cumprimento dos requisitos de acessibilidade física, tendo como critérios de avaliação as diretrizes de acessibilidade estabelecidas pela filosofia do Design Universal, um conceito que permite o desenho de produtos, serviços e ambientes que possam ser utilizados por todos, sem exceção, sem necessidade de adaptação ou desenho especializado. Os itens desta filosofia de design serviram também de base para a análise da qualidade da informação divulgada nos websites, tendo em conta a sua concordância com a acessibilidade que o turista poderá encontrar no local. Por sua vez, a acessibilidade online foi avaliada com recurso ao AccessMonitor, uma ferramenta da autoria da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Os resultados demonstram claramente que, apesar de se verificarem esforços ao nível das infraestruturas para tornar o Porto uma cidade acessível, nenhum dos websites analisados o reflete: numa escala de 1 a 10, proposta pelo AccessMonitor, a média geral obtida é de 5. Para além disso, não é divulgada informação detalhada ou relevante online que influencie de forma positiva o desfecho do processo de decisão de um turista com deficiência. Uma oportunidade poderá estar a ser descurada, uma vez que o segmento do turismo acessível é significativo: cerca de 20% da população mundial é portadora de deficiência. Esta percentagem tem aumentado exponencialmente, resultado do modo de vida pouco saudável das sociedades modernas, compensado pelos avanços da medicina, que permitem o aumento da esperança média de vida da população. Além disso, este segmento não é apenas composto por pessoas portadoras de deficiência; as famílias e amigos destes consumidores são frequentemente esquecidos. Turistas com deficiência tendem a preferir que os seus acompanhantes de viagem sejam totalmente independentes a nível motor e cognitivo, devido à sua grande necessidade de segurança e de assistência durante a estadia num local que não lhes é familiar. Mais, este nicho de mercado tende não só a viajar em época baixa, o que poderá contribuir para o combate à sazonalidade do setor, como também a revisitar destinos e a investir valores monetários acima da média, talvez devido à escassez de opções disponíveis. Keywords: internet; mercado; segmento; turismo acessível; website; comunicação

Referências bibliográficas

  • Alexandre, D. (2013). O Turismo para Todos na Hotelaria de Lisboa – um custo ou um investimento? Estoril: Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.
  • Castro, C. (2017). A comunicação do Turismo Acessível: um estudo sobre as atrações turísticas da cidade do Porto. Porto: Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
  • UNWTO (2016). UNWTO Recommendations on Accessible Information in Tourism. Spain: UNWTO.
  • Michopoulou, E. and Buhalis, D. (2013). Information provision for challenging markets: The case of the accessibility requiring market in the context of tourism. Information & Management, 50, 229-239.
  • Lee, B. K., Agarwal, S. and Kim, H. J. (2012). Influences of travel constraints on the people with disabilities’ intention to travel: An application of Seligman’s helplessness theory. Tourism Management, 33, 569-579.
  • Yau M. K., Mckercher, B., and Packer T. L. (2004). Traveling with a disability: More than an access issue. Annals of Tourism Research, 31(4), 946-960.
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Acessibilidade Web

Na UE o standard que contém os requisitos de acessibilidade aplicado à Web e às aplicações móveis é a Norma EN301549. Ela não é mais do que uma cópia do standard WCAG 2.1 conformidade ‘AA’. Em Portugal esses requisitos constam do RNID conforme decretado pelo DL n.º 83/2018.

versão 2.1

O validador de práticas de acessibilidade web (WCAG 2.1)

Introduza um url válido. Ex.: http://www.google.pt